A Vasp, através de seu presidente, Geraldo Meira, nega abuso de horários mas admite defasagem salarial
O que nos chama a atenção é o baixo nível profissional das coberturas que são disponibilizadas para o grande público. Para ilustrar essa tese, recordamos a cobertura do acidente aéreo, em 1982, com o avião da VASP (na época, ainda uma companhia estatal do governo de São Paulo). O acidente ficou conhecido como Serra de Pacatuba. No dia seguinte à tragédia - a menos de 24 horas - já se sabia pela imprensa o nome do piloto (Fernando Antônio Vieira de Paiva) e possíveis causas do erro grosseiro do choque com o morro, que levou à morte 137 pessoas. Ou seja, o centro das atenções estava voltado ao erro humano e/ou técnico. O presidente do Brasil era um militar. Menos de 48 horas depois uma repórter da tevê Globo acompanhou o filho do comandante em novo vôo para Fortaleza, um menino próximo há 17 anos que escreveu alguns versos para o pai, lido pela repórter (nossa amiga). Aquele foi um truque sutil da profissional para atenuar a acusação perversa que se fazia, que o acidente teria sido provocado por uma atitude suicida do piloto. O que se provou mais tarde ser mentirosa. Ainda sobre esse mesmo acidente o Jornal Nacional reproduziu, tão logo liberado o conteúdo da caixa preta, a gravação dos últimos segundos contendo os diálogos entre os pilotos e o grito final de um deles:
CAM-1 (Cockpit Area Mike 1): Microfone do comandante
CAM-2 (Cockpit Area Mike 2): Microfone do co-piloto
· 2:24:56 CAM-2: Você consegue ver que tem uns montes aí na frente?
· 2:24:59 CAM-1: Quê?..........Tem o quê???
· 2:25:00 CAM-2: ...Um morrote aí não?
· 2:25:01 CAM [SOM DA BUZINA DE ALERTA DE ALTITUDE]
· 2:25:02 CAM [SOM DO IMPACTO E GRITO DE UM DOS TRIPULANTES]
Observação: Comenta-se que o comandante haveria dito saber que à frente do 727 havia uns "morrotes de merda", em parte que teria sido editada antes da divulgação da gravação para a televisão.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas criticou duramente essa "liberdade de imprensa" da Globo. O intuito era outro, não jornalístico. Era encobrir as falhas de controle aéreo do governo militar.
Julho de 2007. Alguém até o momento conhece ou leu em algum jornal o nome do comandante da aeronave de prefixo PR-MBK, e não PT-MBK como foi maliciosamente anunciado?
A razão é muito simples. A imprensa, essa mesma que expôs no passado a vida e as dores da família do piloto, protegendo o governo militar que retribuía proteção com facilidades e outros instrumentos menos "republicanos", hoje não dá a menor importância se o comandante era casado, se tinha filhos, mãe, ou se a aeronave era comandada por um piloto automático. O que importa para essa imprensa que se diz livre é anunciar que o governador do Estado Paralelo voa de helicóptero para um aeroporto, naquele momento fechado, e se apressa em comunicar à população o feito. Anúncio este transmitido pela Globo News. Do contrário, como explicar a inserção do repórter no estúdio: "O governador José Serra está a caminho do acidente, de helicóptero, mas o aeroporto está fechado inclusive para naves de pequeno porte". Qual a relevância da notícia de o Governador Eleito ainda no ar? É bem possível que o mesmo nem estivesse ainda a bordo, mas a emissora - a serviço do Palácio dos Bandeirantes - tratou de adiantar as coisas. E a vida dos componentes da tripulação, dos passageiros e da torcida do Corinthians que perdia um grande advogado, "que se lasquem"। Poderia ter pensando o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel.
Aos olhos do bom senso não parece ridículo que junto com o governador embarquem cinco médicos do Palácio dos Bandeirantes, quando naquele momento todo o destacamento do Corpo de Bombeiros que fica a menos de um quilômetro do acidente se fazia presente com 200 profissionais, médicos, inclusive? Barbaridade, é pouco para definir essa relação entre o governo (paralelo) do PSDB e a Imprensa Oficiosa. Nem é preciso perguntar se esses mesmos médicos foram deslocados para o buraco do Metrô (ou seria o Buraco do Serra?).
Para terminar: só a história poderá confirmar isso mais tarde, porém, a exemplo do acidente da Vasp, por nome Serra de Pacatuba, essa tragédia da TAM será conhecida como Serra dos Bandeirantes.
E a liberdade de imprensa sucumbe, com esse acidente e todos os seus coadjuvantes।
Por Jair Alves - dramaturgo/SP
Imagine os senhores se liberdade de imprensa de fato existisse e se fosse permitido a uma agência de notícias, financiada pelo grupo islâmico Al-Qaeda cobrir in loco as conseqüências do ocorrido em 11 de setembro de 2001, na cidade de NY। Imagine também uma agência de notícias Iraquiana, ainda sob o comando de Saddam Hussein, cobrindo o acontecimento!!! Não é difícil imaginar o tipo de matéria que sairia dessas coberturas, maniqueístas é certo. Pois bem, é essa a liberdade de imprensa que temos à disposição nos dias de hoje no Brasil. Só que aqui a situação se inverteu, a imprensa assumiu o papel de Estado, e o Estado fica sempre na condição de um fora da lei. Pior, o Estado (federal) aceitou esse papel e está se confundindo e permitido se confundir com o governo. A esquizofrenia mediática chegou a absurdos, como a gravação veiculada ontem (19/07) de um agente do governo na sua privacidade. Sem comentários!!!
Imagine os senhores se liberdade de imprensa de fato existisse e se fosse permitido a uma agência de notícias, financiada pelo grupo islâmico Al-Qaeda cobrir in loco as conseqüências do ocorrido em 11 de setembro de 2001, na cidade de NY। Imagine também uma agência de notícias Iraquiana, ainda sob o comando de Saddam Hussein, cobrindo o acontecimento!!! Não é difícil imaginar o tipo de matéria que sairia dessas coberturas, maniqueístas é certo. Pois bem, é essa a liberdade de imprensa que temos à disposição nos dias de hoje no Brasil. Só que aqui a situação se inverteu, a imprensa assumiu o papel de Estado, e o Estado fica sempre na condição de um fora da lei. Pior, o Estado (federal) aceitou esse papel e está se confundindo e permitido se confundir com o governo. A esquizofrenia mediática chegou a absurdos, como a gravação veiculada ontem (19/07) de um agente do governo na sua privacidade. Sem comentários!!!
O que nos chama a atenção é o baixo nível profissional das coberturas que são disponibilizadas para o grande público. Para ilustrar essa tese, recordamos a cobertura do acidente aéreo, em 1982, com o avião da VASP (na época, ainda uma companhia estatal do governo de São Paulo). O acidente ficou conhecido como Serra de Pacatuba. No dia seguinte à tragédia - a menos de 24 horas - já se sabia pela imprensa o nome do piloto (Fernando Antônio Vieira de Paiva) e possíveis causas do erro grosseiro do choque com o morro, que levou à morte 137 pessoas. Ou seja, o centro das atenções estava voltado ao erro humano e/ou técnico. O presidente do Brasil era um militar. Menos de 48 horas depois uma repórter da tevê Globo acompanhou o filho do comandante em novo vôo para Fortaleza, um menino próximo há 17 anos que escreveu alguns versos para o pai, lido pela repórter (nossa amiga). Aquele foi um truque sutil da profissional para atenuar a acusação perversa que se fazia, que o acidente teria sido provocado por uma atitude suicida do piloto. O que se provou mais tarde ser mentirosa. Ainda sobre esse mesmo acidente o Jornal Nacional reproduziu, tão logo liberado o conteúdo da caixa preta, a gravação dos últimos segundos contendo os diálogos entre os pilotos e o grito final de um deles:
CAM-1 (Cockpit Area Mike 1): Microfone do comandante
CAM-2 (Cockpit Area Mike 2): Microfone do co-piloto
· 2:24:56 CAM-2: Você consegue ver que tem uns montes aí na frente?
· 2:24:59 CAM-1: Quê?..........Tem o quê???
· 2:25:00 CAM-2: ...Um morrote aí não?
· 2:25:01 CAM [SOM DA BUZINA DE ALERTA DE ALTITUDE]
· 2:25:02 CAM [SOM DO IMPACTO E GRITO DE UM DOS TRIPULANTES]
Observação: Comenta-se que o comandante haveria dito saber que à frente do 727 havia uns "morrotes de merda", em parte que teria sido editada antes da divulgação da gravação para a televisão.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas criticou duramente essa "liberdade de imprensa" da Globo. O intuito era outro, não jornalístico. Era encobrir as falhas de controle aéreo do governo militar.
Julho de 2007. Alguém até o momento conhece ou leu em algum jornal o nome do comandante da aeronave de prefixo PR-MBK, e não PT-MBK como foi maliciosamente anunciado?
A razão é muito simples. A imprensa, essa mesma que expôs no passado a vida e as dores da família do piloto, protegendo o governo militar que retribuía proteção com facilidades e outros instrumentos menos "republicanos", hoje não dá a menor importância se o comandante era casado, se tinha filhos, mãe, ou se a aeronave era comandada por um piloto automático. O que importa para essa imprensa que se diz livre é anunciar que o governador do Estado Paralelo voa de helicóptero para um aeroporto, naquele momento fechado, e se apressa em comunicar à população o feito. Anúncio este transmitido pela Globo News. Do contrário, como explicar a inserção do repórter no estúdio: "O governador José Serra está a caminho do acidente, de helicóptero, mas o aeroporto está fechado inclusive para naves de pequeno porte". Qual a relevância da notícia de o Governador Eleito ainda no ar? É bem possível que o mesmo nem estivesse ainda a bordo, mas a emissora - a serviço do Palácio dos Bandeirantes - tratou de adiantar as coisas. E a vida dos componentes da tripulação, dos passageiros e da torcida do Corinthians que perdia um grande advogado, "que se lasquem"। Poderia ter pensando o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel.
Aos olhos do bom senso não parece ridículo que junto com o governador embarquem cinco médicos do Palácio dos Bandeirantes, quando naquele momento todo o destacamento do Corpo de Bombeiros que fica a menos de um quilômetro do acidente se fazia presente com 200 profissionais, médicos, inclusive? Barbaridade, é pouco para definir essa relação entre o governo (paralelo) do PSDB e a Imprensa Oficiosa. Nem é preciso perguntar se esses mesmos médicos foram deslocados para o buraco do Metrô (ou seria o Buraco do Serra?).
Para terminar: só a história poderá confirmar isso mais tarde, porém, a exemplo do acidente da Vasp, por nome Serra de Pacatuba, essa tragédia da TAM será conhecida como Serra dos Bandeirantes.
E a liberdade de imprensa sucumbe, com esse acidente e todos os seus coadjuvantes।
4 comentários:
Alguém leu a coluna (especial e às pressas produzida por um tal de Daudt (autointitulado psicanalista e editor da Revista da Folha?!) na Folha do dia seguinte (pág. C-14). O psicanalista e editor da Revista de futilidades já apurou, descobriu e denunciou por assassinato o culpado por tudo: Lula.
Imprensa investigativa é isso aí!
A invasão da privacidade de um membro do governo é lamentável.
A imprensa e o tucunato, não consenguindo atingir Lula, atira em qualquer alvo próximo visível.
Tentam desestabilizar o governo derrubando os acessores próximos a Lula.
E antes se dizia que era o PT que fazia oposição irresponsável... Eu nunca vi nada igual ao que está acontecendo agora: a imprensa quer que o país se dane, o importante é atingir Lula.
Até a exploração da tragédia alheia é feita desavergonhadamente...
É lamentável...
Mas as urnas já responderam a estes homens uma vez, o povo é mais sábio que isto e não se deixa manipular.
Paulo DAuria
No mundo dos desmandos discursivos da imprensa-abutre, é possível reconhecer o que significa minar as capacidade de intelecção do telespectador:
Sobreponha-se uma imagem de alguém no seu espaço privado de trabalho fazendo um sinal de foda-se com o depoimento de outra pessoa dizendo:Ele comemora. Me digam se alguma vez vocês já comemoraram alguma coisa fazendo sinal de "fudeu!" ? Inaugura-se aqui a mais descarada opressão das capacidades de elaboração discursiva do receptor. Ou seja, todos os dias vemos a nossa volta horrores de toda espécie contra o ser humano tornado sub-cidadão pela imposisão da sub-nutrição, da sub-moradia, da sub-existência, do sub-emprego(e aí vale o trocadilho da sub-missão).E o que nos resta como motor de contraposição crítica? Nossa capacidade de elaboração desta experiência através da organização do pensamento enquanto discurso.Mas isto nos é tirado a partir do momento em que a imprensa começa a criar ruídos á esta capacidade, já que o que se vê e o que se ouve sendo dito não se relacionam mais. Eu vejo o horror e a única coisa que consigo elaborar é a sobreposição deste horror com a frase que me foi ensinada: A crise áerea é responsabilidade do Lula ( não é mais do governo que se fala). A crise é responsabilidade de uma única pessoa! Assim como nós, somos apenas INDIVIDUOS e não mais coletivos. Sofremos os danos como indivíduos e neste lugar repetimos as máximas que nos ensinaram. A violência da imprensa se dá neste contexto de exílio do coletivo, de exílio do pensamento, de absoluta opressão de nossa percepção e capacidade de elaboração da mesma. E no fundo, eu acho mesmo, que toda esta engenharia da imprensa, vem, abaixo de todos os motivos históricos da exclusividade do poder na mão de alguns, expressar a recusa de que alguém que perceba a nossa cidade como "Sum Paulo" e não "São Paulo - Terra dos Assassinos Bandeirantes" ( e ela É SUM PAULO quer se queira ou não)possa governar.
Gostaria muito, ter um sonho realizado, de ver as pessoas, todas, unidas, acabando com a republica, decretando nova forma de governo. Sim, nesse dia, sei que principalmente a TV GLOBO foi desarticulada, e assim quedou-se sua manipulação de massa. O que esta acontecendo eh reflexo de açoes anteriores. Nada de Lula agora. Isso vem de tempos. Devemos explodir todos os transmissores da tv globo e suas filiais. Assim, ficara muito mais facil de derrotar esses republicanos que ai estao, na surdina, comandando o pais para seu deleite proprio: enriquecer a qualquer custo.
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